



... pretende explorar esse espaço reticente relativo ao destinatário/interlocutor, através de um ensaio performativo instruído por uma voz pré-concebida e dançado pelo público que escolhe participar.
Em criança gostamos de ser levados pela sugestão, de ser estimulados por palavras que inventam mundos ou que nos reinventam a nós próprios. Começaremos então por dispor desse superpoder de modo a fazer várias viagens no tempo e no espaço, para fora e dentro de nós, baralhar as funções de cada corpo, criar organismos coletivos, ser animais, objetos ou mesmo adultos, observando como se tornam possíveis as impossibilidades.
Num único ensaio, que é desde logo espetáculo, ensaia-se um diálogo inesperado e experimental com as possibilidades expressivas e de perceção desses corpos que, apesar de pequenos, irão também questionar o próprio jogo. Através da sua liberdade imaginativa, despoletar-se-á o insurgimento relativo a essa constante voz “orientadora” - como um modo de humanizar, fragilizando a tosca autoridade do mundo dos adultos.
Músico convidado para a apresentação em Oeiras
João Ferro Martins
Co-produção Município de Oeiras, ARTEMREDE