O que hoje conhecemos da antiga Quinta de Recreio dos Marqueses de Pombal, em Oeiras, teve origem em pequenas propriedades adquiridas em 1676, junto à ribeira da Laje e no local ocupado pelo Palácio, pelo avô do Marquês de Pombal.
No início do século XVIII (por volta de 1715/20) foi construída nestas propriedades uma pequena casa senhorial com características rurais, pela autoria do tio paterno do Marquês, Paulo de Carvalho e Ataíde, cujo morgadio, criado em 1737, seria herdado por Sebastião José de Carvalho e Melo, como filho mais velho da família.
A partir de 1750, quando o futuro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal já regressava a terras portuguesas, foi nomeado Secretário do Reino de D. José I, e foi precisamente nesta década, particularmente nos anos que se seguiram ao terramoto de 1755, que iria conceber e assegurar todos os meios para poder construir uma grande casa de veraneio nos arredores da capital – um espaço que exaltava o poder e enfatizava a nova sociabilidade, tão característico da família pombalina.
Paralelamente à riqueza arquitetónica e decorativa do Palácio, temos um Jardim que configura um espaço único representativo da arquitetura e paisagem setecentista e modernista.
Em termos de ideias e pensamento, a segunda metade do século XVIII deixou-nos um legado riquíssimo, num período de grandes transformações políticas, económicas, sociais e culturais, sob o traço do Conde de Oeiras e Marquês de Pombal.
O que se propõe neste projeto são momentos de mediação, animação e descoberta deste lugar, bem como do seu tempo.